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Política

Em nota, PF rebate declarações de Moro e diz que ex-ministro ‘mente’

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A Polícia Federal divulgou uma nota oficia, no final da noite desta terça-feira (15), para rebater as alegações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, pré-candidato à Presidência da República. Em entrevista à rádio Jovem Pan, Moro criticou a corporação e disse que “hoje não tem ninguém no Brasil sendo investigado e preso por grande corrupção”. No texto assinado pela PF, o órgão disse que Moro “mente” ao justificar que “mais de mil prisões apenas por crimes de corrupção nos últimos três anos”.

“Moro também faz ilações ao afirmar que ‘esse é o resultado de quantos superintendentes eles afastaram e que estavam fazendo o trabalho deles’. O ex-ministro não aponta qual fato ou crime tenha conhecimento e que a PF estaria se omitindo a investigar. Tampouco qual inquérito policial em andamento tenha sido alvo de ingerência política ou da administração”, diz outro trecho da nota.

Moro deixou o comando da Justiça – ao qual a Polícia Federal está vinculada – em abril de 2020, alegando que o presidente Jair Bolsonaro pressionava pela substituição do delegado-geral da corporação e exigia acesso a relatórios sigilosos.

“O ex-juiz confunde, de forma deliberada, as funções da PF. O papel da corporação não é produzir espetáculos. O dever da Polícia é conduzir investigações, desconectadas de interesses político-partidários. Moro desconhece a Polícia Federal e negou conhecê-la quando teve a chance. Enquanto Ministro da Justiça não participou dos principais debates que envolviam assuntos de interesse da PF e de seus servidores”, diz a PF em trecho do texto.

Leia a nota divulgada pela Polícia Federal na íntegra:

“Em entrevista na segunda-feira (14/02) à Jovem Pan, o ex-ministro Sergio Moro fez descabidos ataques à Polícia Federal. A bem da verdade, consideramos importante esclarecer:

Moro mente quando diz que “hoje não tem ninguém no Brasil sendo investigado e preso por grande corrupção”. A Polícia Federal efetuou mais de mil prisões, apenas por crimes de corrupção, nos últimos três anos.

Neste mesmo período, a PF realizou 1.728 operações contra esse tipo de crime. Somente em 2020, foram deflagradas 654 ações – maior índice dos últimos quatro anos.

Moro também faz ilações ao afirmar que “esse é o resultado de quantos superintendentes eles afastaram e que estavam fazendo o trabalho deles”.

O ex-ministro não aponta qual fato ou crime tenha conhecimento e que a PF estaria se omitindo a investigar. Tampouco qual inquérito policial em andamento tenha sido alvo de ingerência política ou da administração.

Vale ressaltar que a Polícia Federal vai muito além da repressão aos crimes de corrupção. Em 2021, bateu recorde de operações. No total, foram quase dez mil ações, aumento de 34% em relação ao ano anterior.

O ex-juiz confunde, de forma deliberada, as funções da PF. O papel da corporação não é produzir espetáculos. O dever da Polícia é conduzir investigações, desconectadas de interesses político-partidários.

Moro desconhece a Polícia Federal e negou conhecê-la quando teve a chance. Enquanto Ministro da Justiça não participou dos principais debates que envolviam assuntos de interesse da PF e de seus servidores.

Com o intuito de preservar a imagem de umas das mais respeitadas e confiáveis instituições brasileiras, a Polícia Federal repudia a afirmação feita pelo pré-candidato Moro de que a corporação não tem autonomia.

Por fim, a PF – instituição de Estado – mantém-se firme no combate ao crime organizado, à corrupção e não deve ser usada como trampolim para projetos eleitorais”

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Política

Empresas responsáveis pelas obras do VLT de Salvador serão divulgadas nesta terça; saiba valores

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Após idas e vindas desde o rompimento do contrato entre o Governo da Bahia e o consórcio Skyrail Bahia em outubro do ano passado, o martelo acerca de quais empresas ficarão responsáveis pelas obras dos três lotes que compreendem o VLT de Salvador será finalmente batido pela Companhia de Transportes da Bahia (CTB) nesta terça-feira (23). A informação consta no Diário Oficial do Estado (DOE) publicado na última sexta-feira (19).

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Oficial de registro de imóveis no oeste da Bahia é demitido novamente devido a fraudes; servidor está desligado há 22 anos

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O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu aplicar nova pena de demissão a um servidor que atuava como oficial de registro de imóveis no oeste do estado. Francisco das Chagas Vaz Eufrásio era titular do cartório na comarca de Riachão das Neves e foi condenado por fraudar registros de matrículas de duas fazendas. 

Apesar da demissão, publicada no Diário de Justiça Eletrônico desta segunda-feira (22), o oficial já foi demitido dos quadros do poder judiciário desde o ano de 2002, segundo relatório da Corregedoria das Comarcas do Interior (CCI). A nova decisão cumpre acórdão proferido pelo Conselho da Magistratura em junho de 2023. 

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OR/Odebrecht oferece 31 unidades ao estado da Bahia em processo que discute área de condomínio em Patamares; entenda

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O processo de 2022 busca o reconhecimento da propriedade e a “restituição definitiva da área edificada, com incorporação das acessões nele construídas, determinando a desocupação do imóvel detido injustamente, bem como o pagamento de todos os prejuízos causados ao Estado da Bahia, pela ocupação irregular do imóvel durante esses anos”. 

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