Membros de uma família da Fazenda Grande III, que estavam vivendo em uma situação de transtorno de acumulação, foram resgatados nesta sexta-feira (11), por técnicos da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre). O transtorno é caracterizado pela dificuldade em se desfazer de posses, acumulando-as de forma compulsiva.
Na residência, que fica na Rua Iolanda Pires, havia pouco espaço para locomoção e as portas dos cômodos sequer abriam. O hábito de acumulação é de Julival Lisboa, de 48 anos e dono do imóvel. Com ele, moram a esposa e quatro crianças: dois filhos e dois netos.
“Para se ter uma ideia, elas estranharam a luz do sol entrar pelo cobogó da cozinha e pediram para que eu apagasse a luz, achando que era a lâmpada. Quando viram que era o sol, pularam de alegria. Era como se tivessem ganhado um brinquedo e isso vai ficar registrado em minha memória. Hoje já sonham até em comprar móveis novos para ocupar os espaços vazios”, declarou Anairã Lisboa, de 47 anos, esposa de Julival.
A partir de agora, toda família, especialmente Julival, será acompanhada pelo Centro de Atenção Psicossocial, especializado em tratamentos de saúde mental. “O acumulador normalmente não tem consciência do seu problema e, consequentemente, acaba causando uma relação fragilizada para toda família, que precisa ser resgatada. Nesse caso, o Centro de Atendimento é o melhor lugar”, explicou o secretário da Sempre, Kiki Bispo.