Marcelo Nilo, Márcio Marinho ou Zé Ronaldo? Quem será o candidato a vice de ACM Neto? Ou será outro nome? Veja o perfil dos que disputam a única vaga na chapa majoritária netista
Dois possíveis candidatos a vice-governador na chapa majoritária de ACM Neto, postulante ao Palácio de Ondina e ex-prefeito de Salvador, não disputam mais o único cargo vago na chapa majoritária e, claro, agora muito cobiçado na oposição. João Gualberto (PSDB), prefeito de Mata de São João, não se desincompatibilizou do cargo até o sábado (2). Dessa forma, está impedido para a função. Já o presidente nacional do PDT na Bahia, deputado Félix Mendonça Jr, anunciou pelo WhatsApp, a amigos e aliados, neste domingo (3), que concentrará energia na sua campanha de reeleição.
Mas quem será o candidato a vice de Neto?
Conheça os possíveis candidatos por ordem alfabética. Estes são os nomes já ventilados, mas como a política baiana tem mais reviravolta que qualquer série da Netflix é possível que surja até um novo nome ao cargo, inclusive, que nem sequer esteja nesta lista. Mas conheça os possíveis candidatos:
Marcelo Nilo
O deputado federal foi o 15º mais votado para o Parlamento Federal e, por cinco vezes consecutivas, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia. Ele obteve 115.277. O agora republicanos – era um aliado fiel ao ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e, muitas vezes, fazia até o papel de líder do governo. Nilo também já assumiu a cadeira de governador interinamente – quando o petista viajava. A lealdade canina – a qual o próprio legislador intitulou – em entrevista ao Bahia Repórter fez com o que o parlamentar viajasse por toda a Bahia acompanhando o então governador Jaques Wagner durante dez anos que esteve à frente do Parlamento. Antes de ser um governista, Nilo foi o único deputado a ficar por 16 anos na oposição. No Parlamento baiano, implantou dois projetos: a Assembleia Itinerante e o Parlamento na Escola, em ambos, o ex-chefe do Executivo estava presente. Quando ACM ainda tinha um apoio tímido, o ex-PSB foi um dos primeiros a abandonar a ala governista para entrar no projeto netista.
Márcio Marinho
O ex-deputado estadual e deputado federal está em seu quarto mandato consecutivo no Parlamento Federal e foi o 26º mais votado. Ele obteve 95.204 votos. Ele é um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e, atualmente, presidente o Republicanos. É radialista e possui formação superior em Gestão Pública. Marinho já concorreu às cargo de vice-prefeito e, também, de prefeito de Salvador.
A respeito do cargo de vice-governador, Marinho afirmou que a vaga de vice-governador é do Republicanos, mas que o ajuste fica pendente apenas para a definição do nome: Nilo ou o próprio Marinho. O Republicanos era o partido de João Roma, ex-ministro da cidadania e postulante ao governo da Bahia – apoiado pelo presidente da república Jair Bolsonaro. João Roma tentou se viabilizar pela ala, mas não obteve o aval da legenda – que já demonstrava interesse em apoiar Neto. Roma se filiou ao PL – partido de Bolsonaro, e disputará o governo pelo partido que acolheu Bolsonaro.
Zé Ronaldo
Em 2018, o Ex-prefeito de Feira de Santana por quatro mandatos assumiu o desafio de disputar o governo da Bahia pelo DEM, após desistência do prefeito de Salvador, ACM Neto.
José Ronaldo, que sempre obteve uma ótima avaliação entre os feirenses – estava no quarto mandato como prefeito, reeleito pela última vez em 2016. Os dois primeiros mandatos ele exerceu de 2001 a 2008. Ele já disputou o cargo de senador na eleição de 2014, mas não se elegeu. Foi vereador em Feira de Santana, deputado estadual e deputado federal. Em março deste ano, o nome de Zé Ronaldo foi ventilado como possível vice de Jerônimo, candidato petista ao governo. O ex-gestor respondeu: ‘Onde há fumaça, há fogo’. No mesmo período, Neto foi questionado sobre o nome de Zé Ronaldo na vice e declarou: “Nós últimos meses, talvez a pessoa mais próxima a mim seja ele. Hoje posso dizer que Zé Ronaldo é meu amigo e tenho com ele uma relação de total confiança”. A vaga para candidato a vice-governador na chapa petista não foi ocupada por Zé Ronaldo, mas por um ex-aliado de ACM Neto, Geraldo Júnior, presidente da Câmara do Salvador.
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Fernanda Dourado é jornalista política e atua na área há mais de 20 anos. Instagram: @fernandadodouradojornalista
“Quando a gente se fecha numa caixinha de direita ou de esquerda, a gente se fecha para muita ideia boa, que vem de um lado ou de outro”. Esta foi uma das declarações do apresentador, Luciano Huck, em um vídeo divulgado em suas redes sociais – onde ele se intitula como ambidestro, ou seja, não é de direita, nem de esquerda.
A declaração de Luciano Huck causou um grande alvoroço nas plataformas e, claro, muitos ataques. Tanto esquerdistas, quanto direitistas criticaram o posicionamento do comunicador. Durante dois dias consecutivos, o apresentador ficou nos principais tópicos dos assuntos mais comentados do X, o antigo Twitter.
Mas por que uma pessoa precisa se declarar de esquerda ou de direita? Como deixou registrado o filósofo e escritor Friedrich Nietzsche, “Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas”.
Esta divisão entre dois polos prejudica imensamente a democracia – já que quando se fala da política contemporânea é cotidiano ouvirmos falar também de polarização.
A menos de seis meses da eleição, o clima de polarização política já volta às ruas, e, também às redes sociais e nos grupos de WhatsApp.
O fato é que, sem dúvida alguma, não há como dividir a política em dois grandes blocos. Vale enfatizar que este tema é muito mais complexo e melindroso do que se imagina.
É realmente necessário escolhermos um lado ou outro? Será que a divisão direita e esquerda ainda se enquadra na atualidade?
Defender uma posição esquerdista não define uma pessoa ter ideologia de esquerda. Da mesma forma, a direita. Vale ressaltar que quando as pessoas estão divididas em extremos opostos, o diálogo, muitas vezes, é doloroso e até agressivo.
Políticos, lideranças, partidos e grupos mais extremistas, claro, se nutrem do descontentamento e da intolerância política para ganhar mais apoio a suas ideias.
Quem procura ficar fora destes dois grupos, explanando outros objetivos, projetos, visões não é visto com bons olhos por direitista e esquerdistas. Admitir que a direita e a esquerda tem virtudes e falhas, é na grande maioria das vezes intitulado como “isentão”.
*Fernanda Dourado é apresentadora e repórter da TV ALBA – Assembleia Legislativa da Bahia; Editora-Chefe do site Bahia Repórter. A especialista, também, é consultora política. Escreve neste espaço às quartas-feiras; Instagram e TikTok: @fernandadouradoreporter
Os bairros de São Tomé de Paripe e Pituba, em Salvador, registraram os maiores acumulado de chuva durante a madrugada desta quarta-feira (17). Nas últimas 6h, foi registrado um acumulado pluviométrico de 16,2mm e 14,2mm respectivamente.
As informações constam em boletim divulgado pela Defesa Civil de Salvador na manhã desta quarta. Ainda de acordo com a Codesal, aparecem na lista os bairros da Pituba, na região do Parque da Cidade, com 8,0mm de chuva, e Ondina com 7,8mm.
Ao longo da madrugada o órgão também registrou uma ocorrência de deslizamento de terra na região de Pau da Lima. Não há mais informações sobre o incidente.
As chuvas que atingem Salvador desde a última semana seguem causando prejuízos para a população na cidade. Nesta quarta-feira (17), a queda de uma árvore na BA-528, a Estrada do Derba, bloqueou um sentido da via.
Segundo informações de leitores do Bahia Notícias, o incidente foi registrado na altura do posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e o trânsito na região está complicado.