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Política

Presidente da Assidivam aponta desafios e oportunidades para ambulantes

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O mercado ambulante de Salvador enfrenta grandes desafios, incluindo a informalidade e a falta de oportunidades de crescimento. Este foi o foco da entrevista com Mário Lopes, presidente da Associação Integrada de Vendedores Ambulantes e Feirantes da Cidade de Salvador (Assidivam), no novo episódio do podcast “É da nossa conta” apresentado pela jornalista Fernanda Dourado e o presidente da Associação Comercial da Bahia, Paulo Cavalcanti.

De acordo com Lopes, estima-se que atualmente existam cerca de 80 mil ambulantes nas ruas da capital baiana, dos quais apenas aproximadamente oito mil são formalmente registrados. “A quem interessa estas pessoas continuarem desta forma na informalidade?”, questionou Lopes.

Durante o bate-papo, o presidente da ACB, Paulo Cavalcanti, aproveitou para apresentar o programa “Projeto Marsúpio”, que visa transformar ambulantes informais em empreendedores formalizados. Em suas declarações, Cavalcanti enfatizou a importância do projeto para a dignidade humana e a autoestima dos cidadãos. “Transformar o informal em formal é fundamental para levar dignidade humana”, afirmou Cavalcanti.

Ele ainda ressaltou a importância de uma visão estratégica para promover o crescimento desta categoria, possibilitando que ambulantes se tornem empresários bem-sucedidos.

Paulo Cavalcanti, Fernanda Dourado e Mário Lopes

Cavalcanti ressaltou que o programa não apenas melhora a condição econômica dos ambulantes, mas também fortalece a relação entre os cidadãos e o estado, promovendo um sentimento de inclusão e pertencimento. “É um pilar da autoestima cidadã”, afirmou Cavalcanti.

A jornalista Fernanda Dourado enfatizou a importância em ter melhorias nas condições de trabalho dos ambulantes. “Quando passo ali na Avenida Sete, me solidarizo com os ambulantes – que apesar de ter melhorias nas condições de trabalho, ainda exercem a função de forma precária. Faça chuva ou sol escaldante, eles estão ali trabalhando sem nenhuma valorização social”, afirmou a jornalista Fernanda Dourado ao parabenizar Paulo Cavalcanti por levar, pela primeira vez, um ambulante para discutir cidadania na ACB. “Um momento histórico” acrescentou a comunicadora.

A entrevista completa pode ser conferida no episódio do podcast “É da nossa conta!”, disponível, no canal “E aí?” no YouTube.

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Política

Decisão do STF sobre Ramagem irrita Hugo Motta e abre nova crise

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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está irritadíssimo com o ofício que recebeu nesta quinta-feira (24) do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), delimitando quais os crimes a Câmara pode analisar no caso do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). 

Hugo Motta e seu círculo mais próximo consideram uma afronta do STF. Uma interferência na soberania da Câmara. Pior ainda porque ocorreu no dia em que Motta decidiu adiar a análise de urgência do projeto de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. 

A forma como foi comunicado também irritou. Um ofício que deixou deputados perplexos. Um deputado ouvido pelo blog diz que Zanin tratou o presidente da Câmara como um subordinado.

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Política

Alexandre de Moraes determina prisão de Fernando Collor de Mello

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira, 24, a prisão do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello.

Collor foi condenado em 2023 pelo Supremo por corrupção na BR Distribuidora. Os ministros entenderam que o ex-presidente recebeu 20 milhões de reais para viabilizar irregularmente contratos da estatal.

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Política

Ivana Bastos e Fátima Nunes: duas mulheres, um marco no Parlamento da Bahia; Veja o comentário da articulista da Tribuna da Bahia Fernanda Dourado

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( Por Fernanda Dourado) – artigo publicado nesta quarta-feira (23) na Tribuna da Bahia


Há pouco mais de um mês, a Assembleia Legislativa da Bahia viveu um marco que deve ser registrado com respeito e celebrado com consciência histórica: a deputada Ivana Bastos tornou-se a primeira mulher a presidir o Parlamento baiano em quase dois séculos de existência. Na sequência, a deputada Fátima Nunes assumiu a 1ª vice-presidência da Casa, também como a primeira mulher a ocupar esse posto.


Essas duas vitórias não representam apenas uma mudança institucional — elas simbolizam uma virada de página na história política da Bahia.
Sensibilidade, firmeza, escuta ativa, equilíbrio e visão coletiva — tantas vezes subestimadas quando associadas ao feminino — hoje são qualidades centrais na condução da ALBA. Qualidades que ganham protagonismo legítimo através de duas mulheres que representam, com competência e integridade, o que há de mais promissor na política atual.


A presidenta Ivana Bastos conduziu sua transição com elegância, empatia e respeito à história da Casa. Sua postura sempre cautelosa e ética reafirma seu compromisso com o diálogo e com o bem público.
A deputada Fátima Nunes traz ao plenário a força da mulher sertaneja, com posições firmes, voz ativa e profundo respeito entre os colegas. Sua atuação, especialmente na Comissão dos Direitos da Mulher, é marcada por coerência, coragem e compromisso com as causas coletivas.


Ver essas mulheres na presidência e vice-presidência da ALBA é um símbolo potente — especialmente quando contrastado com a própria história do Brasil.
Há menos de 100 anos, mulheres sequer podiam votar.


Foi somente em 1932, com o Decreto nº 21.076, que o voto feminino foi oficialmente reconhecido — e, mesmo assim, de forma facultativa e dependente da permissão do marido para muitas brasileiras.
A igualdade política plena só foi garantida em 1965, quando o voto feminino passou a ser um dever cívico, como o masculino.


Antes disso, a mulher não podia votar, nem ser votada, nem ocupar cargos públicos. A ideia de que pudesse conduzir um Parlamento seria considerada, à época, impensável.
As conquistas constitucionais também vieram em etapas:


• A Constituição de 1934 reconheceu a igualdade de direitos e proibiu a diferença salarial por sexo;
• A de 1946 representou retrocessos, ao eliminar a expressão “sem distinção de sexo” das garantias legais;
• Apenas com a Constituição de 1988 consolidaram-se os principais avanços em igualdade civil, trabalhista, previdenciária e política para as mulheres — inclusive o direito a votar e ser votada, com garantias reais de participação e representatividade.


Hoje, mulheres que antes não podiam sequer sair de casa para votar sem autorização, lideram a principal Casa Legislativa do Estado da Bahia.
Esse avanço não pertence apenas a Ivana Bastos e Fátima Nunes — ele pertence a todas as mulheres que vieram antes, e às que virão. Às que enfrentaram o preconceito, às que abriram caminhos invisíveis, às que resistiram sem reconhecimento.


E hoje, essa virada se personifica em duas mulheres baianas que carregam não apenas os cargos, mas o peso simbólico da reparação histórica:


Ivana Bastos, com sua serenidade e capacidade de escuta, representa o diálogo maduro, o equilíbrio e a sabedoria institucional.


Fátima Nunes, com sua voz firme e coragem de sertaneja, representa a luta, a resistência e a força popular que constrói a política com os pés no chão.
Juntas, elas não apenas fazem história. Elas inspiram o futuro.

Fernanda Dourado é editora-chefe do site Bahia Repórter, consultora e especialista em política, há mais de 20 anos. A jornalista é apresentadora e repórter da TV ALBA  – Assembleia Legislativa da Bahia – onde apresenta programas políticos desde a fundação da emissora.  Escreve neste espaço às quartas-feiras; Instagram e TikTok: @fernandadouradoreporter

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