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Política

Republicanos cobra alianças de Bolsonaro e ameaça desembarque

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Uma vez encerrada a novela partidária de Jair Bolsonaro, com a escolha do PL de Valdemar Costa Neto, o presidente agora enfrenta o desafio de tentar acomodar os outros dois aliados, PP e Republicanos, e impedi-los de abandonar o barco em 2022.

Em seu discurso de filiação na semana passada, Bolsonaro fez um gesto aos dirigentes e citou-os nominalmente, Ciro Nogueira (PP) e Marcos Pereira (Republicanos).

“Pode ter certeza que nenhum partido será esquecido por nós. Não temos aqui a virtude de sermos o único certo, queremos, sim, compor nos estados”, discursou no evento.

Ainda que as duas legendas tenham assento no primeiro escalão do governo (Casa Civil e Cidadania), o PP é considerado hoje o mais próximo do governo. A legenda quase filiou o chefe do Executivo, e, segundo negociações nos bastidores, deve ficar com a vice-presidência na chapa de Bolsonaro no ano que vem.

A principal tarefa de Bolsonaro à frente será abrigar o Republicanos. Das legendas do centrão, a sigla é a que tem mais chance de desembarcar da candidatura de Bolsonaro em 2022.

Segundo relatos, lideranças do partido já tratam dessa possibilidade num cenário em que Bolsonaro desidrate nas pesquisas, o que acham possível ocorrer.

Hoje o mandatário aparece como segundo colocado em pesquisas recentes, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas o ex-juiz Sergio Moro aparece com potencial de crescimento.

Outro motivo para um eventual desembarque do Republicanos do governo tem a ver com disputas entre igrejas evangélicas que compõem a sua base de eleitores de Bolsonaro. O partido é aliado da Igreja Universal do Reino de Deus.

O entorno do bispo Edir Macedo, da Universal, diz que ele está cada vez mais nervoso com o governo. A proximidade de Bolsonaro com o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, tem o distanciado de Macedo.

Malafaia foi um dos principais fiadores do ministro “terrivelmente evangélico” André Mendonça, confirmado para vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) em sabatina do Senado na semana passada. Já a Universal não trabalhou pela indicação do ex-ministro à corte.

Reservadamente, dirigentes do Republicanos condicionam a aliança com o presidente no próximo ano a mais espaço nos palanques regionais.

Bolsonaro chegou a adiar a filiação ao PL justamente por divergência sobre candidatos em alguns locais, em especial no Nordeste e em São Paulo, o que acabou sendo resolvido posteriormente, quando Valdemar Costa Neto cedeu aos pedidos do presidente.

Apesar do gesto, o mandatário é conhecido por não trabalhar na costura de palanques, o que é a preocupação número um de todos os dirigentes partidários. Bolsonaro se ocupa mais em vetar a esquerda, em especial o PT, e emplacar aliados de sua confiança.

Maior colégio eleitoral, São Paulo, por exemplo, é considerado estado chave para a eleição. Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), provável candidato do bolsonarismo no estado, tem as portas abertas nos três partidos.

O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, candidato dos sonhos de Bolsonaro para o Senado em São Paulo, tem conversas avançadas com o PL de Valdemar.

Integrantes do Republicanos, por exemplo, defendem que ao menos um dos dois nomes da chapa majoritária paulista seja do partido. Tarcísio já foi sondado pelo Republicanos para uma eventual filiação.

Goiás é outro estado que demandará do entorno de Bolsonaro cuidado maior na costura. O Republicanos quer lançar o deputado João Campos ao Senado. Já o PP tem o ex-ministro Alexandre Baldy como certo também. A tendência lá é ter os dois candidatos.

O partido da Universal também quer que o presidente acomode em seu palanque carioca o ex-prefeito Marcello Crivella —esse para a disputa ao Senado pelo Rio de Janeiro.

O plano inicial do pastor, ex-prefeito do Rio, era ser embaixador na África do Sul, mas o Planalto retirou seu nome após ter o nome ignorado por quase seis meses pelos sul-africanos, o que, na prática, significa objeção à designação.

No Rio, o PL diz estar fechada a chapa pelas reeleições do governador Cláudio Castro e do senador Romário.

Apesar dos vetos de Bolsonaro, no PP é quase um consenso que o partido não apoiará o presidente em todos os estados. Pelo contrário. No Nordeste, a tendência é a sigla ficar com Lula.

Na Bahia, a perspectiva, hoje, é que o PP apoie a candidatura de Jaques Wagner (PT-BA) ao governo do estado, por exemplo.

A depender de como se der a construção dos palanques estaduais e o desempenho de Bolsonaro nas pesquisas, dirigentes de outros partidos de centro apostam na aproximação do Republicanos com Sergio Moro (Podemos).

Ou até mesmo com Eduardo Leite (PSDB), caso ele resolva se filiar a outra sigla, como a União Brasil, que ainda será formada, e decida se candidatar à Presidência.

As perspectivas de poder na Câmara dos Deputados também poderão pesar para a composição do Republicanos com Bolsonaro e os outros partidos que darão sustentação à sua candidatura.

A aliança com o PP, por exemplo, passa pelo apoio de Bolsonaro e do PL à reeleição de Arthur Lira (AL) à presidência da Câmara em 2023.

Aliados de Marcos Pereira, presidente do Republicanos, relatam que Lira já sinalizou que poderia apoiá-lo em 2025. Isso pode ser um elemento importante nas contas do partido ligado à Universal.Julia Chaib/Marianna Holanda/Folhapress

Política

Julgamento histórico de Donald Trump começa hoje em Nova York

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Donald Trump será o primeiro ex-presidente da história dos Estados Unidos a enfrentar a justiça criminal , em um julgamento que começa nesta segunda-feira (15) em Nova York com a seleção do júri que determinará seu destino em plena campanha eleitoral para a disputa presidencial de novembro. 

O republicano foi intimado a comparecer às 9h30 locais (10h30 de Brasília) a uma audiência com o juiz de origem colombiana Juan Manuel Merchan, da Suprema Corte de Manhattan, para responder a um processo sobre o pagamento de US$ 130 mil à ex-atriz pornô Stormy Daniels para supostamente comprar seu silêncio sobre um relacionamento extraconjugal e, assim, proteger sua campanha de 2016, quando venceu a democrata Hillary Clinton na eleição presidencial.

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Política

Israel retoma ataques em Gaza após ofensiva iraniana

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O exército israelense retomou suas operações na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (15), reiterando seu compromisso de eliminar o movimento islâmico palestino Hamas, mesmo após o  ataque iraniano no fim de semana.

“Apesar dos ataques do Irã, não perdemos de vista – nem por um momento – a nossa missão essencial em Gaza, que é salvar os nossos reféns detidos pelo Hamas”, disse o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari.

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Polícia Militar prende suspeitos de arrombamento de estabelecimento em SAJ

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Na madrugada da última sexta-feira (12), a guarnição da 2ª Companhia da Polícia Militar, pertencente ao 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM), efetuou a prisão de indivíduos responsáveis pelo arrombamento de um estabelecimento comercial localizado na Rua Aracajú, no bairro Alto Sobradinho, em Santo Antônio de Jesus (SAJ).

Segundo informações obtidas pelo Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias, o 14º BPM foi acionado para verificar uma ocorrência de arrombamento em um comércio situado na Rua Aracajú. Ao chegarem ao local, os policiais constataram a veracidade do fato e deram início às buscas pela região.

Durante a operação, dois suspeitos foram encontrados nas proximidades e detidos pela equipe policial. Posteriormente, foram encaminhados à delegacia da Polícia Civil local para os procedimentos legais.

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