Aquele domingo de 17 de janeiro de 2021 começou como um dia normal na vida de Mônica Calazans.
Às 5h30 da manhã, ela pegou o transporte público em Itaquera, bairro da Zona Leste de São Paulo, em direção ao Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital paulista.
O hospital, uma das referências no tratamento de doenças infecciosas no Brasil, é um dos locais de trabalho de Calazans. Como enfermeira, ela também atua no Pronto-Atendimento de São Mateus, na região leste da cidade.
Ao chegar no Emílio Ribas, ela iniciou o seu plantão e estava cuidando de três pacientes. Por volta do meio dia, o telefone da enfermaria tocou.
“Era minha diretora. Ela comentou que a vacinação contra a covid-19 poderia começar logo”, lembra.
Naquele mesmo domingo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, estava fazendo uma reunião para decidir se os imunizantes CoronaVac (Sinovac/Instituto Butantan) e Oxford/Covishield (AstraZeneca/FioCruz) receberiam (ou não) autorização para serem aplicados no Brasil.