Atualmente, discutir ou opinar sobre política se tornou um verdadeiro campo minado. Apesar de a maioria da população declarar aos “quatro cantos” que não gosta de política, todos opinam sobre ela, mesmo sem conhecê-la a fundo.
A falta de entendimento básico a respeito de política torna as conversas ainda mais desafiadoras e, muitas vezes, improdutivas, principalmente, quando há radicalismo e polarização no debate.
O extremismo na política, sem dúvida alguma, tem causado danos irreparáveis às relações humanas. Ele pode estar relacionado à falta de conhecimento político, mas também pode ser influenciado por diversos fatores, como ideologias extremas, polarização social, manipulação partidária e de líderes e até mesmo interesses pessoais ou de determinados grupos.
Os radicais estão em todos os campos políticos. Há radicais de direita e, também, de esquerda e de outras tendências.
O mais integrante dos extremistas: é que tanto direitistas, quanto esquerdistas, dificilmente, se reconhecem como radicais, mas agem como pessoas inflexíveis, intolerantes e impacientes na escuta de quem pensa o contrário – já que estão fechadas em suas bolhas e crenças ideológicas intocáveis.
Por diversas vezes, os radicais são impiedosos com as palavras e, inclusive, deixam de lado os valores humanos que são os princípios morais e éticos que deveriam, sim, ser respeitados em um debate político! Mas o intolerante não respeita quem pensa diferente dele, mas, sim, muitas vezes, o assemelha até a um inimigo a ser destruído.
O radicalismo é tamanho que os extremos radicais quando não conseguem debater no campo das ideias, tentam aniquilar a reputação pessoal ou até mesmo tirar a vida de quem pensa contrário a ele – como aconteceu recentemente na Pensilvânia, nos Estados Unidos, com o ex-presidente e candidato republicano na corrida à Casa Branca neste ano Donald Trump – que sofreu um atentado e por um triz não morreu.
Os radicais têm seus dogmas e, inclusive, mantém posições extremamente firmes e inflexíveis em questões políticas, na maioria das vezes, rejeitam qualquer opinião. Tentar fazer um radical mudar de ideia é “mera ilusão”.
Conversar com radicais é sempre desafiador, independentemente de sua inclinação política, seja de esquerda, direita ou qualquer outra tendência.
Fernanda Dourado é apresentadora e repórter da TV ALBA – Assembleia Legislativa da Bahia; Editora-Chefe do site Bahia Repórter. A especialista, também, é consultora política. Escreve neste espaço às quartas-feiras; Instagram e TikTok: @fernandadouradoreporter