Crianças e adolescentes pretos de 11 a 14 anos têm duas vezes mais chances de serem parados e revistados por policiais em São Paulo do que brancos com a mesma idade, aponta levantamento do Núcleo de Estudos da Violência da USP (Universidade de São Paulo).
De acordo com o estudo, contatos intrusivos ou violentos com a polícia são marcados por um viés específico de raça e gênero, sendo pretos e meninos os mais propensos a passar por essas experiências.
“A gente entende que isso não é algo aleatório, mas uma experiência racializada. O que as polícias alegam é que as abordagens não têm esse viés racial, que não vão parar alguém simplesmente pela cor de pele”, afirma Aline Mizutani Gomes, mestre em psicologia escolar pela USP e uma das autoras da pesquisa.