“Atualmente, temos vivido constantes experiências de violência, o que têm impactado a saúde física e mental da população.
A natureza humana por si só é pecaminosa e o nosso instinto é combativo e reativo, controlados por normas culturais e valores espirituais.
Desde os primórdios temos relatos sobre guerras, torturas, intolerância e todo tipo de violência.
Analisando nossa sociedade, vejo que temos progredido não só em tecnologia, mas muito no que se refere à agressividade e iniquidade. O mal está tomando grande proporção e o nível da maldade tem crescido. A cada dia que passa, as notícias ficam piores, as perversidades e o requinte de crueldade crescem.
A sociedade está doente.
E o que esses eventos têm a ver com nossa saúde?
Estas experiências negativas produzem traumas, afetam, sobretudo, a saúde mental e reduzem a confiança das pessoas nas instituições, o que contribui para o constante sentimento de medo que se revela através de episódios depressivos e de ansiedade.
A saúde psíquica consiste na capacidade de equilibrar o universo interno, nossas convicções, sentimentos, impulsos e emoções com os estímulos externos. Evidente que depressão, ansiedade e outros transtornos mentais têm alguma base bioquímica e genética, mas não podemos deixar de lado os fatores sociais que interferem. O desgaste gerado nesse processo produz um perfil epidemiológico marcado pelas altas taxas de transtornos mentais.
Todos esses crimes que assistimos diariamente têm prejudicado nossa relação de empatia e credibilidade no ser humano e, isso, nos causa inquietude, desconforto, embrutecimento, descrença no outro e sintomas de adoecimento psíquico e como já citei, tem aumentado o medo, ansiedade exacerbada, angústia, preocupação.
Para amenizar os efeitos da exposição a tanta negatividade que nos acomete diretamente, devemos ter momentos de conexão espiritual, nos abastecer de fé, esperança, conforto, resgatar valores, exercitar a tolerância, o amor, respeito, manter relações saudáveis através da criação de uma rede de apoio formados por familiares, amigos e vizinhos e, em caso mais intenso, procurar um especialista. Com certeza, essas são as melhores formas de mantermos a nossa sanidade diante de tantos traumas .”