Diante de cenários pessimistas em pesquisas de intenção de votos, o centrão intensificou a pressão para que Jair Bolsonaro (PL) indique a deputada Tereza Cristina (PP) como candidata a vice-presidente no lugar do general Braga Netto (PL), ex-ministro da Casa Civil.
Aliados do presidente dizem que insistirão até quando puderem para que a ex-ministra da Agricultura esteja na chapa presidencial.
Deputados próximos de Bolsonaro no PL, porém, reconhecem que a preferência do mandatário hoje é por Braga Netto e usam o termo guerra para ilustrar a dificuldade que será emplacar Tereza.
Aliados do presidente de fora do centrão também avaliam que seria difícil convencer Bolsonaro a mudar de ideia. Lembram, inclusive, que Braga Netto já deixou o Ministério da Defesa e tem saída de cargo de assessor que ocupa no Palácio do Planalto marcada para o final do mês se preparando para ser anunciado candidato a vice.
Nesta quarta-feira (15), o presidente expôs o impasse e afirmou que ambos os nomes estão cotados para estarem ao seu lado na chapa.
Em abril, o chefe do Executivo chegou a afirmar que o ex-ministro Braga Netto tinha 90% de chance de compor a chapa que disputará o pleito deste ano.
Agora, no entanto, disse que a ex-ministra Tereza Cristina também está no páreo. Segundo o mandatário, os dois nomes estão “cotadíssimos” para o posto.
Hoje, o plano é que a deputada concorra ao Senado por Mato Grosso do Sul.
A defesa dos integrantes do núcleo da campanha de Bolsonaro que são do centrão pelo nome da deputada não é nova. Desde o ano passado, aliados do mandatário advogam pela escolha da parlamentar.
Agora, porém, reforçaram esta avaliação ao presidente diante de pesquisas que mostram Bolsonaro em segundo lugar na corrida presidencial.