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Política

Crise em Brasília: Executivo não governa sem Legislativo; Veja o comentário da articulista política da Tribuna da Bahia, Fernanda Dourado

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(Por Fernanda Dourado)

O governo Lula (PT), sem dúvida, é de coalizão. Ao todo, a base de sustentação é de 16 partidos heterogêneos, ou seja, políticos que pensam agenda e política de forma totalmente diferente. Cada partido tem um peso político dentro do Congresso e do governo. E alguns, que fazem parte da base de sustentação do governo, estão insatisfeitos. O clima de animosidade, tensão, acirramento e indignação política tem tomado conta do Congresso, segundo informações de bastidores.

As legendas, segundo fontes políticas,  acham que os espaços oferecidos pelo governo não se comparam “nem de longe” ao espaço ocupado pelo Partido dos Trabalhadores. E o centrão, bloco de parlamentares que há anos dá as cartas no Congresso, quer mais espaço, inclusive, este é um dos pontos cruciais pa esta crise política.
A crise foi intensificada há dez dias e teve seu ápice quando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de “desafeto pessoal” e “incompetente”, após uma polêmica sobre a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

O presidente Lula tem entrado no circuito da articulação política para amenizar a crise instalada e, inclusive, tem falado constantemente que a política é a arte do diálogo. Lula (PT), um comunicador nato,  conversou com o presidente da Câmara, mas não revelou o conteúdo do diálogo.

A conversa com o Legislativo é necessária para ter governabilidade. Não é à toa que o presidente da República, Lula (PT), pediu nesta segunda-feira (22) que o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), fosse “mais ágil” e “converse mais” que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deixe de ler livro e dedique mais tempo a discussões com parlamentares

O presidente Lula (PT), que está em seu terceiro mandato, obviamente, conhece muito bem da política e, claro, sabe, como ninguém,  o perigo de não ter uma boa relação com o Congresso.

Vale lembrar que  presidentes que não tiveram diálogo com o Congresso, Fernando Collor e Dilma Rousseff, sofreram impeachment. Quando entrevistei o ex-presidente Fernando Collor, ele me confidenciou que o afastamento do Congresso foi o principal motivo do seu impeachment.

Lula (PT) declarou, inclusive, que o executivo precisa do legislativo, não o contrário. Pela terceira vez, o petista entra em campo na articulação política desde que assumiu seu terceiro mandato.

Qualquer crise com o Congresso é um sinal de alerta para o governo. Mas por quê? Explico. Não se governa sem o Legislativo.

O presidente Lula (PT) minimizou a crise com o Congresso e disse que ‘Não tem divergência que não possa ser superada’.  A expectativa do governo é que se regulamente a reforma tributária e se vote projetos importantes. O governo sabe que é preciso apoio do Congresso e, também, tem convicção que quando sofreu derrotas foi traído por aliados- já que a oposição é minoria na Câmara.

*Fernanda Dourado é apresentadora e repórter da TV ALBA  – Assembleia Legislativa da Bahia; Editora-Chefe do site Bahia Repórter. A especialista, também, é consultora política. Escreve neste espaço às quartas-feiras; Instagram e TikTok: @fernandadouradoreporter

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Política

Governo coloca em sigilo números de fugas em presídios brasileiros

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública colocou sob sigilo os números de fugas registradas nos presídios brasileiros no ano passado. A pasta, embora tenha os dados à disposição, alega que se trata de uma informação de caráter “reservado” e que, portanto, ficará em sigilo pelo prazo de cinco anos.


Metrópoles ,parceiro do Bahia Notícias,  requisitou os dados via Lei de Acesso à Informação (LAI), mas teve acesso negado. A negativa ao acesso ocorreu em todas as instâncias da pasta, tendo sido referendada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

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Política

Disputa pelo mercado livre de energia gera até queixa de abuso de poder

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A disputa por novos clientes no mercado livre de energia, desde 1º de janeiro, elevou a temperatura acima do previsto entre as comercializadoras, empresas que disputam esse segmento de negócio. Comercializadoras independentes acusam congêneres ligadas a grupos com distribuidoras de atuarem indevidamente para manter clientes.
 

A queixa mais comum trata do uso da informação. Para fazer a migração rumo ao mercado livre, o consumidor precisa avisar com antecedência a sua saída para a distribuidora.

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Política

Sobe para 66 o número de mortos por causa da chuva no Rio Grande do Sul Domingo, 05

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Subiu para 66 o número de mortos por conta das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, conforme informado pelo boletim emitido às 9h deste domingo (5) pela Defesa Civil do Estado. Ainda conforme o órgão, outros seis óbitos estão sob investigação. No sábado (4), o número de mortes era de 55. 


Ao todo, 332 dos 497 municípios do estado foram afetados pela chuva. Até o momento, 155 pessoas estão feridas e outras 101 estão desaparecidas.


As chuvas também  provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Neste domingo, são 113 trechos em 61 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.

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