O dólar disparou neste início de semana e fechou acima de R$ 5,00 pela primeira vez desde 17 de março (R$ 5,0343). Após operar com sinal positivo desde a abertura das negociações, com renovação sucessiva de máximas ao longo da tarde, o dólar encerrou o primeiro pregão de maio em alta de 2,63%, a R$ 5,0727 – você pode acompanhar a cotação no conversor de moedas do Estadão.
A alta foi registrada em meio à onda de fortalecimento global da moeda norte-americana, nesta segunda, 2. À cautela em torno da decisão de política monetária do Banco Central norte-americano na quarta-feira, 5, que pode trazer um tom mais duro ao mercado, somaram-se temores de desaceleração da economia mundial em momento de inflação elevada, a chamada estagflação.
Dados de atividade industrial abaixo do esperado nos Estados Unidos e, sobretudo, na China assustaram os investidores. Os lockdonws prescritos pela política de covid zero no gigante asiático traçam um cenário ruim para commodities, levando a uma queda em bloco das moedas emergentes.
Com o forte avanço, a desvalorização do dólar no ano, que chegou a superar 17%, voltou a ser de um dígito (-9,02%). O real liderou hoje as perdas entre divisas emergentes, seguido pelo rand sul-africano, com baixa na casa de 2%, e pelo peso chileno e colombiano, que caíram mais de 1%.