RAMPAGE 2024

Por Patrícia Narriman, de Salvador.

Começar o ano pilotando uma cavala como a RAMPAGE – já dá para perceber que 2024 vai ser daquele jeito, né? Pois bem, recebi a missão da Stellantis de testar a nova RAMPAGE 2024, em Salvador, minha cidade natal e destino do Réveillon e primeiros dias do ano. Foram 13 dias à bordo da picapona que é grande não só no tamanho mas na robustez e dirigibilidade.

Fabricada no Brasil e lançada há 7 meses no mercado nacional, a nova RAM Rampage conta com três versões. Testei a de entrada, a Rebel, que pode ser equipada com motor à diesel 2.0 turbo ou à gasolina – um motor também 2.0 turbo mas que oferta muito mais torque e cavalos do que a versão à diesel. São 272cv e 40,8 kgfm de torque, num câmbio de 9 marchas e tração integral nas 4 rodas.

BONITONA, GRANDONA MAS DOMÁVEL

A Rampage é o primeiro produto RAM criado aqui no Brasil. O visual agrada tanto por fora quanto por dentro: tem espaço, conforto, é alta, larga, veloz. É valente e bonitona. Na cabine, cinco ocupantes vão muito bem confortáveis. E na caçamba, são 980l de carga. Quase 1 tonelada do que você quiser! O modelo conta com três configurações mas a testada por mim foi a Rebel, de entrada, e considerada mais aventureira. A dianteira com larga grade e a tração 4×4 nos pneus aro 17, reforçam o título off-road da picape com DNA ítalo-brasileiro.

A RAM normalmente é conhecida por picapes luxuosas de grande porte e a Rampage brasileira não poderia perder essa herança. Dessa forma, a picape traz bancos elétricos e em couro, painel emborrachado e mega-futurista com multimídia de 10′, câmbio tecnológico, freio acionado por botão e uma infinidade de porta-trecos, um deles bem bacana e secreto, que fica no console central bem perto do câmbio. No local, dá para guardar até ouro e fugir dos olhares dos mais curiosos, inclusive, de bandidos!

CONSUMO E CUSTO

Não peguei a estrada, propriamente dita, neste test-drive e optei apenas por rodar na cidade durante o período, sempre com duas a três pessoas à bordo. A Rampage fez uma média de 7,6km/l, com gasolina. De acordo com o INMETRO, na cidade, a média da Rampage fica em torno de 8km/l e na estrada 10km/l. Lembrando que essa estimativa varia muito devido a quantidade de passageiros, bagagens e do modo de condução do motorista, além das condições do tráfego. Em Salvador, todo dia é dia de congestionamento, portanto, se levarmos esse fator em consideração, e tirando por base o tamanhão do carro, a prima do Fiat Toro, se saiu bem!

A Rampage, na configuração Rebel, custa a partir de R$ 254.790,00 (à gasolina) e dez mil reais mais em conta se for à diesel. E pensar que as picapes à diesel já foram mais caras que às versões em gasosa!!! Lançada em junho de 2023 para o mercado nacional, a nova Rampage foi responsável por um crescimento da marca de 236% segundo a própria RAM em relação ao ano anterior, com mais de 8 mil e 600 unidades vendidas do modelo, que alcançou o quarto lugar entre as picapes mais comercializadas do país, de acordo com dados da Fenabrave.

Aos amantes de picapes como eu, uma ressalva: nenhuma versão da Rampage conta com capota marítima e break-light de série. Nem a versão mais cara. Portanto, prepare o bolso para esses itens indispensáveis para muita gente. Para mim ter uma picape sem capota marítima, não rola! Ponto contra, tá Stellantis?

Patrícia Narriman é jornalista há 21 anos e há 18 atua no jornalismo automotivo. Por uma década foi apresentadora do Metrópole Autos, na Rádio Metrópole FM, em Salvador, onde saiu em 2022. Atualmente mora em Brasília onde, paralelamente ao jornalismo automotivo, também exerce a função de assessora de comunicação no Senado Federal